TÍTULO: IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO DESCARTE INADEQUADO DE PILHAS E BATERIAS NA CONCEPÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

AUTORES: Martins Carvalho, M.B. (UFPA) ; Sousa Lima, K.N. (UEPA) ; Nascimento Alves, J.D. (UFRA) ; Siqueira Neto, E. (UFPI) ; Alves, A.E. (SEDUC)

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo a verificação do conhecimento de alunos do ensino médio sobre prejuízos resultantes do descarte inadequado de pilhas e baterias. A pesquisa foi realizada com aplicação de um questionário composto de seis perguntas. Quando questionados sobre os danos que o descarte inadequado de pilhas e baterias podem trazer para os seres vivos e para o meio ambiente cerca de 67%, respondeu de maneira correta enquanto 33% respondeu de forma incorreta, apesar do resultado positivo, ainda é expressivo o número de alunos com pouca informação sobre o assunto. Concluímos então que se deve estimular o aluno a conhecer e praticar ações no dia-a-dia, que refletem diretamente no meio ambiente.

PALAVRAS CHAVES: descarte inadequado; meio ambiente; pilhas e baterias

INTRODUÇÃO: Quando se fala em pilhas e baterias, tem-se algo estreitamente atrelado as práticas cotidianas da população em geral, como: a utilização de aparelhos celulares, controles remotos, câmeras digitais, e diversos aparelhos utilizados por necessidade, ou apenas para obter conforto. Os benefícios advindos pela utilização dos dispositivos em discussão são inegáveis, no entanto, apesar dos diversos benefícios proporcionados pelo uso de pilhas e baterias, estas também apresentam uma infinidade de desvantagens para os seres vivos e para o meio ambiente, quando não são adequadamente descartados depois de inutilizados. As pilhas são compostas, em sua maioria, por metais pesados como zinco, chumbo, manganês e mercúrio, as pilhas não devem ser jogadas no lixo comum, já que seus elementos tóxicos contaminam o solo, o lençol freático e, no final das contas, o próprio homem. Os danos à saúde podem aparecer na forma de problemas cardíacos e pulmonares, distúrbios digestivos, osteoporose, disfunção renal e depressão. Somado ao fato de que as pilhas demoram até 500 anos para serem absorvidas pelo ambiente, e que no Brasil, por ano, são descartadas 170 milhões de pilhas, o problema passa a ser grave (Grunkraut, 2012). Poucas pessoas têm uma noção precisa dos riscos trazidos pela contaminação das substâncias presentes na composição das pilhas e baterias (também chamadas de pilhas secundárias).

MATERIAL E MÉTODOS: A investigação aqui relatada se deu recentemente, ainda no primeiro semestre de 2012 em duas turmas de duas escolas públicas de dois municípios do estado do Pará, com um total de 30 estudantes entrevistados, sendo quinze do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Frei Miguel de Bulhões localizada no município de São Miguel do Guamá, e quinze do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Padre Vitaliano Maria Vari. A pesquisa teve por objetivo, investigar o conhecimento de alunos de ensino médio acerca dos impactos ambientais causados pelo descarte indevido de pilhas e baterias. O recurso utilizado, para a investigação, foi um questionário, composto de seis perguntas sendo umas discursivas e outras de múltipla escolha onde os estudantes, de forma anônima e individual, registraram suas respostas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi perguntado quantos dos alunos já haviam possuído mais de um aparelho celular onde, 77% dos entrevistados afirmou ter possuído mais de um, enquanto 23% afirmou não possuir este aparelho, ou apenas um; perguntamos então, como os alunos do primeiro caso, descartaram a bateria do aparelho que não estava mais em uso, onde constatamos que cerca 30% a mantinha guardada provavelmente por comodismo ou por não saber como dar um fim correto a esta; 39% doaram ou venderam, e cerca de 31% descartou de maneira imprópria, queimando ou juntando ao lixo comum, vemos neste caso, a necessidade de esclarecer aos alunos quanto à maneira correta de dar um fim aos materiais em questão. Quando questionados sobre os danos causados pelo descarte inadequado de pilhas e baterias, alguns citaram diversos problemas como: poluição ambiental, contaminação devido a produtos tóxicos e substâncias radioativas, podendo trazer danos à saúde; correspondendo a aproximadamente 67%, o dos autores de tais respostas; 33% não responderam, foi observado então um resultado positivo, sendo ainda expressivo o número de alunos, pouco informados sobre o assunto. Também foi solicitado aos alunos, que citassem pelo menos um metal pesado, presente na composição de pilhas e baterias, 30% respondeu de forma correta e 70% de maneira incorreta, tornando evidente a falta de conhecimento quanto à presença de metais pesados no seu cotidiano. Buscou-se também sugestões dos alunos, para minimizar o problema em questão, estes sugeriram ações como: busca de energias alternativas para a substituição de pilhas e baterias, redução na utilização das mesmas, reciclagem, iniciativas para esclarecer a população, outros deram resposta do tipo: deixar de utilizar pilhas e baterias, parar de fabricar, outros não souberam responder.

CONCLUSÕES: Concluímos que há a necessidade de estimular o aluno a conhecer e praticar ações no dia-a-dia, que refletem diretamente no meio ambiente, saber mais sobre a presença de substâncias químicas que exigem maiores cuidados, e como lidar com estes materiais, tarefas estas, possíveis de serem alcançadas por meio da contextualização das aulas podendo ser trabalhados, nos conteúdos de eletroquímica, associando-o a práticas cotidianas adequadas.

AGRADECIMENTOS: Aos alunos que contribuíram na realização da pesquisa, à amiga waldinett Torres.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GRUNKRAUT, Melanie. Pilhas e Baterias. Disponível em: httpwww. coopermiti.com.breducacaoPilhas.pdf. Acessado em 20 de maio de 2012.